Os ensaios não destrutivos (END) são uma parte fundamental de muitos processos industriais.

Tratam-se de testes realizados em materiais e componentes, com o intuito de garantir a integridade e o bom funcionamento, atendendo às especificações de qualidade e segurança de cada setor.

A maior vantagem dos END é a possibilidade de analisar uma peça sem que haja a destruição da mesma.

Assim, podemos utilizar novamente os materiais ensaiados, otimizando o andamento da produção e reduzindo os custos do processo de testagem.

Existem diversas técnicas de ensaios não destrutivos e seu uso varia de acordo com o material e o objetivo da análise. 

Há processos que são mais conhecidos e acessíveis, seja pela facilidade na realização ou pelo custo-benefício. 

A seguir, trataremos um pouco mais sobre cada um deles para que você possa conhecê-los e escolher o que melhor se encaixa em sua indústria.

Acompanhe!

Inspeção visual

Um dos métodos de ensaios não destrutivos mais conhecidos e acessíveis é a inspeção visual.

Por não exigir o uso de aparatos técnicos altamente sofisticados, esse tipo de ensaio costuma ter um ótimo custo benefício, além de fácil realização.

No processo, que pode ser aplicado a materiais como metais, plásticos e concreto, a peça ensaiada é observada atentamente por um técnico especialista para a busca de defeitos ou descontinuidades. 

Utilizamos o método para descobrir problemas superficiais, como trincas, rachaduras, corrosão, inchaços ou amassados.

Por meio da inspeção visual também é possível identificar outras anomalias como pintura descascada ou irregularidades na textura da superfície.

Embora seja um método básico, pode ser altamente eficaz em muitas aplicações, desde que sejam respeitadas as condições de iluminação adequada no local da inspeção.

Além disso, o sucesso da análise depende da habilidade e treinamento do inspetor e, por isso, é importante contar com profissionais altamente qualificados e experientes. 

Vale lembrar que a inspeção visual é frequentemente usada como uma técnica de triagem inicial para identificar possíveis defeitos, com a aplicação de outros métodos de ensaios não destrutivos logo em seguida para uma análise mais apurada. 

Ensaio por líquido penetrante

Outro método bastante conhecido e utilizado é o ensaio não destrutivo por líquido penetrante. 

Utilizado para detectar descontinuidades superficiais em materiais metálicos e não metálicos – como plásticos e cerâmicas – seu processo é relativamente simples. 

Iniciamos limpando e secando a superfície do material de ensaio para remover qualquer resíduo ou sujeira que possa interferir no processo. 

Em seguida, ocorre a aplicação de um líquido penetrante na peça – geralmente colorido, à base de água ou solvente – onde é deixado para agir. 

Então, após um certo tempo, o líquido é removido e um revelador é aplicado para indicar as descontinuidades.

Entre as vantagens do ensaio não destrutivo por líquido penetrante, certamente podemos citar seu baixo custo em comparação com outros métodos e sua praticidade.

Assim como no caso da inspeção visual, não é necessário o uso de máquinas e equipamentos complexos para a realização do ensaio por líquido penetrante, então o processo costuma ter um ótimo custo-benefício.

Por fim, outro destaque que podemos dar ao método é sua versatilidade, já que por meio dos líquidos penetrantes conseguimos analisar descontinuidades em materiais com superfícies irregulares ou complexas, bem como em superfícies planas.

Mais uma vez, reforçamos a necessidade de contar com profissionais capacitados, que saibam como realizar o procedimento corretamente e de acordo com as normas de qualidade vigentes. 

Ensaio por partículas magnéticas

Utilizado para detectar descontinuidades superficiais em materiais ferromagnéticos, o ensaio por partículas magnéticas também está entre os métodos de ensaios não destrutivos mais conhecidos e acessíveis.

Sua realização envolve a criação de um campo magnético e a adição de partículas magnéticas à superfície do material ensaiado.

Em seguida, o técnico deve observar o comportamento dessas partículas, que tendem a ser atraídas para o ponto defeituoso da peça, criando um padrão visível a olho nu.

O processo é relativamente rápido e altamente sensível para detectar descontinuidades superficiais. 

Lembre-se que uma empresa especializada sempre deve ser consultada para a realização do teste, visando garantir resultados mais apurados.

Ensaio por ultrassom

Por fim, entre os tipos de ensaios não destrutivos mais conhecidos e acessíveis está o END por ultrassom.

Diferente dos demais tipos abordados anteriormente, esse método é amplamente utilizado para detectar descontinuidades internas, como poros, trincas, inclusões de material estranho, etc. 

O processo envolve o uso de ondas sonoras de alta frequência, emitidas por um transdutor através do material

Quando essas ondas sonoras encontram uma descontinuidade, elas são refletidas de volta para o aparelho, que registra o tempo de retorno das ondas. 

Com base nisso, a localização e o tipo de descontinuidade podem ser determinadas, permitindo a análise sem a destruição da peça. 

Vale ressaltar que o método também pode ser usado para medir a espessura de materiais, como chapas metálicas e tubos. 

Embora haja a necessidade de aparelhos específicos para o END por ultrassom, sua realização ainda tem um custo benefício melhor do que métodos para detecção de falhas internas, como o END por raio-x, por exemplo. 

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